De acordo com o American College of Reumatology (2000), os objetivos da gestão atual do paciente com Artrose continua a incluir controle da dor e melhora nas funções relacionadas com a saúde e qualidade de vida, com a evasão, se possível, dos efeitos tóxicos da terapia.
O Consenso Brasileiro para o Tratamento da Osteoartrite (Artrose) (2002) expõe como medida não farmacológica, a prática de exercícios terapêuticos - Fisioterapia, como fortalecimento muscular, exercício aeróbico e de alongamento, não trazendo aspectos mais específicos desta prática.
O exercício físico vem sendo indicado à pacientes com artrose. Petrela (2000) expõe que: “Exercise is indicated for patients with mild/moderate ostearthritis of the knee but limited studies are available” (PETRELLA, 2000).
“Quanto à participação dos exercícios no tratamento das artroses basta acentuar que eles conseguem melhorar o desempenho funcional das juntas, diminuem a necessidade do uso de fármacos, e têm ainda influência sobre o estado geral do paciente, trazendo, inclusive, benefícios psicológicos, podendo atuar modificando possíveis fatores de risco na progressão da doença. Os exercícios são particularmente úteis quando há instabilidade articular [...]. Os exercícios posturais também são de grande valia. É preciso acentuar, entretanto, que os exercícios devem seguir uma estrita avaliação médica que servirá para indicar o que deve ser feito em cada caso. Não se deve fazer simplesmente exercícios e sim os exercícios adequados e que deverão ser corretamente executados” (SEDA E SEDA, 2008).
De acordo com Wannmacher (2006) exercícios que aumentem a força do quadríceps parece ser melhor na recuperação de função articular. No estudo de revisão de Lange et. al. (2008), foi observado que o treinamento de resistência melhorou: a força muscular; o auto-relato de dor e a função física em cerca de 50-75% dos estudos pesquisados.
Um estudo de revisão concluiu que evidencias avaliáveis indicam pequeno benefício nos efeitos dos exercícios no tratamento de pacientes com artrose de joelho. Efeitos benéficos têm sido encontrados em vários tipos de exercícios como tratamento e recomendado para pacientes com suave/moderada artrose de joelhos (PETRELLA, 2000).
“Even though regular exercise has proven health and functional benefits, inactivity increases as patients age” (PETRELLA, 2000)
O efeito da dor e função do joelho com artrose para dado indivíduo parece ser relacionada a uma variedade de características individuais. Embora a literatura suporte claramente os efeitos benéficos do exercício para indivíduos com artrose de joelho, os efeitos relativamente modestos podem ser explicados pela inabilidade dos exercícios (FITZGERALD, 2005).
A prescrição do exercício físico deve seguir uma série de quesitos tais como: tipo; duração; metodologia; intensidade; freqüência. Os estudos que aqui foram analisados seguem diferentes padrões estruturais e metodológicos, o que dificulta conclusões acerca do possível exercício que seja o melhor ou o mais ideal.
A variação da localidade da artrose apresenta fator de relevância para prescrição do exercício. Assim, há a necessidade de mais investigações que se proponham a elucidar questões relacionadas ao tipo de exercício e a localidade da artrose.
A artrose é uma doença que ainda não tem cura e, tampouco, certeza de sua etiologia. Estudos que se proponham identificar questões relacionadas a degeneração do sistema articular se fazem necessário, segundo Rezende et. al. (2000) o conhecimento da fisiologia da cartilagem e da fisiopatologia da artrose deverá, sem dúvida alguma auxiliar o profissional que lida com esta a atuar de forma mais consciente na prevenção e/ou na terapêutica precoce.
Poucos estudos de língua portuguesa foram encontrados sobre o tema proposto pelo presente artigo. Também não foram encontrados estudos que relacionassem o exercício físico e a melhora do perfil cartilaginoso.
Ainda continua obscuro qual seria o melhor tipo de exercício, intensidade, duração, freqüência. Os dados encontrados na literatura fazem menção à prática de exercícios físicos por indivíduos com artrose, na melhora da função articular, no entanto, são necessárias mais pesquisas que elucidem questões relacionadas aos elementos da prescrição e as diferentes regiões articulares comprometidas pela artrose.
Fonte
Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
Ebook Grátis Anatomia e Biomecânica da Coluna Vertebral
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