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Da mesma forma que a Artrite e as demais doenças reumáticas, nos últimos 10 a 15 anos foram se modificando os esquemas do tratamento da Artrose. Velhos remédios estão sendo melhor usados e novos estão surgindo. Verificou-se que o tratamento precoce e, muitas vezes, associação de vários medicamentos desde o início também proporciona melhor prognóstico. Os médicos estão fazendo diagnóstico mais cedo (talvez porque os pacientes estejam mais alertas quanto ao especialista que procurar), possibilitando a introdução precoce do melhor tratamento. Infelizmente, quando a causa de uma doença não é totalmente conhecida, não há um tratamento curativo. E ainda há uma parcela significativa de pessoas com Artrose que não têm a melhora desejada.
Para aliviar as dores, o médico pode indicar o uso de medicamentos de ação rápida (analgésicos  e antiinflamatórios) ou de ação prolongada (cloroquina, diacereína, sulfato de condroitina ou de glucosamina). Entre os analgésicos, o paracetamol apresenta menos efeitos colaterais (uma cartela com 10 cápsulas de 500mg custa pouco mais de R$ 2). Mas, caso não baste, pode-se recorrer aos antiinflamatórios não-esteróides, se o doente não for alérgico a eles e se não tiver gastrite ou úlcera, por exemplo. Outras opções são os medicamentos antiinflamatórios de uso externo – pomadas e cremes –, que devem ser aplicados sobre a pele. Eles atuam localmente e, fora uma eventual alergia na área onde são aplicados, não oferecem riscos de efeitos colaterais graves. Sua eficácia, porém, é restrita à fase de dor aguda e seu efeito limitado em geral ao primeiro mês de aplicação.

Se a inflamação aumentar, o médico pode lançar mão também de medicamentos injetáveis na própria articulação, como é o caso de certos corticóides. Eles impedem a produção das substâncias responsáveis pelas inflamações, mas não há provas de que retardem a evolução da doença. Outras drogas, como o sulfato de condroitina ou de glucosamina, podem ajudar a retardar o avanço da doença quando utilizadas em tratamentos de longa duração. Contudo, os estudos disponíveis até o momento ainda não comprovaram plenamente sua eficácia.

Cirurgia, só deve ser realizada em último caso.

Além de remédios, o médico pode recomendar tratamentos de fisioterapia, e, quando necessário, prescrever próteses, calçados, palmilhas, bengalas ou muletas. Em último caso, recorre à cirurgia. Ela só se aplica, no entanto, quando a doença já se encontra em estado avançado. Dentre os vários tipos de intervenção possíveis, a mais freqüente e radical é a introdução de uma prótese total do joelho. Na prática, a articulação é substituída por um dispositivo que proporciona melhor qualidade de vida ao doente, reduzindo suas dores e aumentando sua mobilidade. A resistência dessas próteses é elevada. Dados médicos indicam que entre 84 e 98 por cento delas se mantêm em bom estado de conservação no prazo de 15 anos. Contudo, introduzir uma prótese total é um procedimento sempre complexo, que deve ser bem avaliado pelo médico e seu paciente. Podem ocorrer complicações pós-operatórias, como a formação de coágulos nas pernas e infecções. O doente, após a cirurgia, deve fazer fisioterapia, para reaprender a andar. A hipótese de cirurgia, portanto, só deve ser considerada quando a doença impõe limitações graves.


Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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