A artrose atinge 20% da população com idade em torno dos 40 anos e 100% quando tomamos como referência a população com mais 80 anos. Na terceira idade, há uma tendência ao acúmulo de doenças crônicas e a artrose é uma das mais freqüentes e um dos principais fatores de incapacidade física dos idosos. Acomete a maior parte da população mundial depois dos 50 anos e causa a destruição progressiva dos tecidos que compõem as articulações (parte do corpo que permite a mobilidade dos ossos), levando à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos movimentos. As áreas no corpo mais comprometidas são as que suportam maior peso.


O Papa João Paulo II é uma das mais notórias vítimas: curvado, transportado por auxiliares em carrinho especial, subindo escadas com dificuldade, a imagem do religioso transmitida ao mundo, deixa lembranças penosas. Uma das causas de seu sofrimento é a artrose.
Segundo o ortopedista Sidney Schapiro “embora não haja cura para a artrose, o tratamento adequado permite aliviar os sintomas, melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida, bem como prevenir ou corrigir problemas articulares mais graves. O conhecimento do paciente sobre a sua doença representa um elemento da maior importância na determinação dos resultados do tratamento”.


“De uma maneira geral, a artrose é mais freqüente e mais grave no sexo feminino. A obesidade constitui um importante fator de risco, sobretudo no caso do joelho e do quadril. A doença tem alguma carga hereditária, particularmente nas formas generalizadas atingindo as mãos e nas doenças reumáticas. Por outro lado, todos os traumatismos podem aumentar o risco de artrose, particularmente quando ocorrem fraturas que atingem as articulações ou rompem os seus ligamentos. O uso prolongado de corticóides e o alcoolismo também são fatores importantes de risco.” ressalta Sidney Shapiro.


A artrose atinge 20% da população com 40 anos de idade e 100% quando tomamos como referência à população com mais de 80 anos. O especialista Sidney Shapiro alerta que o sintoma predominante na artrose é a dor, podendo ter localização variável, conforme a articulação afetada. Sintomaticamente, surge com o movimento ou uso excessivo da articulação, melhorando com o repouso. A dor leva o doente a evitar o uso da articulação, causando um enfraquecimento dos músculos contribuindo para uma maior instabilidade e agravamento progressivo da doença.

Para o ortopedista, “o conceito de que a artrose e o sofrimento a ela associado é conseqüência inevitável da idade, devendo seu portador suportar a dor como ‘Karma’ está profundamente errado”.

O cirurgião Sidney Shapiro salienta que apesar de não existirem tratamentos que permitam reverter à artrose, é possível diminuir a dor e a rigidez das articulações, melhorando os movimentos e a capacidade geral do indivíduo com exercícios orientados. Novos medicamentos, provavelmente capazes de atrasar ou parar o agravamento da artrose, estão atualmente em investigação e parecem ser eficientes. As técnicas cirúrgicas têm avançado a largos passos permitindo uma melhor qualidade de vida. A família deve entender que a depressão causada no paciente pelo sofrimento da dor acaba se tornando um fator de risco maior que uma cirurgia. E o sucesso da cirurgia permite uma maior sobrevida com qualidade”.
O idoso que sofre desse mal deve consultar um ortopedista, pois vale a pena tratar.

Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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