A artrose na coluna é uma doença de origem inflamatória, causada pelo desgaste dos discos intervertebrais. Outros fatores também podem colaborar para o surgimento da artrose, como o sobrepeso ou a condição física do paciente.

Fisiologicamente, ela ocorre devido a inflamações nas articulações na parte de trás da coluna. Essas inflamações são responsáveis por 41% dos problemas na coluna e, geralmente ocorrem por duas razões: desgaste das articulações ao longo do tempo e outros motivos externos.

Assim, o processo inflamatório é decorrente do processo natural de envelhecimento, que à medida em que o tempo passa, as articulações vão se desgastando, causando o surgimento de pequenas inflamações. Já no caso de motivos externos, acidentes ou impactos nessa região podem desencadear um processo inflamatório nas articulações.

No entanto, apesar de o envelhecimento ser um fator importante para o surgimento das inflamações nas articulações da coluna, outros fatores também podem colaborar:

  • Sobrepeso;
  • Má postura;
  • Movimentação repetitiva;
  • Enfraquecimento da musculatura que sustenta a coluna;
  • Tabagismo;
  • Genética;
  • Doenças reumatológicas;
  • Traumas.

Todos esses fatores acabam gerando uma sobrecarga na coluna vertebral que podem inflamar diferentes regiões das articulações. Consequentemente, forma-se um depósito de cálcio nas articulações, causando a deformação das articulações e enrijecimento. Esse processo inflamatório é chamado de artrose na coluna. O processo de artrose na coluna costuma afetar os seguintes elementos:

Discos intervertebrais:

Os discos intervertebrais são os "amortecedores" na coluna vertebral. São eles que permitem a mobilidade entre os ossos e a absorção de todo o impacto imposto pelos movimentos do corpo. Com o passar dos anos, os discos intervertebrais sofrem desidratação por perda de líquido presente no seu núcleo.

A parte interna do disco é chamada de núcleo pulposo, formado por fibras de colágeno, água e proteoglicanos. É no interior dessa estrutura que encontra-se uma substância semelhante a um gel, envolta por uma "capa"  chamada de ânulo fibroso.

Os efeitos degenerativos do envelhecimento enfraquecem essa estrutura, fazendo com que o ânulo fibroso rompa, vazando o líquido do núcleo e diminuindo a sua quantidade com a idade. Isso compromete a sua capacidade para se recuperar após a absorção de impacto. Além disso, as alterações estruturais de degeneração diminuem a altura do disco aumentando o risco de hérnia de disco.

Faceta articular (articulação zigapofisária)

Cada vértebra da coluna tem quatro articulações que funcionam como dobradiças que permitem extensão, flexão e rotação dos movimentos do corpo. Como outras articulações, as superfícies das facetas articulares são revestidas por cartilagem, um tipo especial de tecido que lubrifica e diminui a fricção da superfície de deslizamento.

A degeneração articular provoca a perda da cartilagem e formação de osteófitos ("bicos de papagaio"), que podem causar hipertrofia facetária ou osteoartrite, levando à dor facetária ou síndrome facetária.

Ossos e ligamentos

A degeneração dos ossos leva a artrose na coluna a formar osteófitos, calcificações irregulares e malformações ósseas em locais não anatômicos, eventualmente causando dor ou compressão dos nervos na região.

Os ligamentos são faixas de tecido fibroso que ligam as estruturas ósseas da coluna vertebral (vértebras) e protegem contra movimentos extremos. No entanto, alterações degenerativas podem causar rupturas de ligamentos, levando à instabilidade entre as vértebras

A artrose na coluna apresenta uma série de sintomas específicos que podem ser notados em determinadas partes do corpo:

dor na coluna
Dor no quadril
Dor nos ombros
Dor nos glúteos
Dor no pescoço
Limitação dos movimentos

De modo geral, o tratamento da artrose, independente do tipo da articulação do corpo acometida, é bem semelhante. Normalmente, o tratamento é conservador e realizado por profissionais especializados. Pois exige alguns cuidados especiais, devido à região delicada do corpo que protege a medula espinhal, por onde passam os nervos que controlam os movimentos e as sensações de todo o corpo.

Cada caso vai necessitar de um tipo de cuidado específico, por isso a avaliação realizada por uma equipe multiprofissional é fundamental para definir a condição geral do paciente, a gravidade da doença, e as necessidades de cada paciente.

Assim, o tratamento pode ser dividido em: terapia medicamentosa, fisioterapia, correção ortopédica, exercícios de manutenção, e uma dieta adequada.

No caso da artrose do pescoço (cervical), o tratamento específico, quando em fase aguda, seria manter o pescoço em repouso, utilizando um colar cervical. Apesar de não ser uma solução a longo prazo, a medida reduz a carga na coluna cervical, porém limita a mobilidade e pode desencadear outros problemas. Já a fisioterapia ajuda na redução dos sintomas, no alinhamento postural, bem como qualquer espasmo muscular associado à dor e à redução de mobilidade da coluna cervical. O uso de medicações pode ser útil no alívio da dor.

Já o tratamento da artrose lombar é feito de forma bem similar ao tratamento da artrose cervical, com imobilização segmentar inicial, seguida de uma reeducação postural aliada a atividade física.


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