A coxartrose ou é o resultado do desgaste da cartilagem da articulação do quadril. Localmente, ocorre desorganização da matriz de colágeno e diminuição dos proteoglicanos, que têm um efeito condro-protetor, chamando água por efeito de osmose para o seu interior. Em consequência da redução do efeito osmótico dos proteoglicanos, o conteúdo hídrico da cartilagem é reduzido, assim como a sua espessura, e ocorre então a osteoartrose.

A degeneração e, consequente, perda da função da cartilagem ocasiona atrito direto entre os ossos da articulação, por esta porção dos ossos ser altamente inervada, a progressão da doença geralmente vem acompanhada de dores com capacidade de reduzir a funcionalidade e independência do indivíduo.

Esse tipo de artrose é, juntamente com a artrose do joelho, das artroses mais frequentes do organismo. Atinge de 10-20% da população após os 60 anos, tendo maior incidência nos homens até aos 45 anos e nas mulheres após esta idade.

As artroses podem também atingir outras articulações com as interfalângicas das mãos, trapeziometacarpianas (ou rizartrose, no polegar) e coluna condicionando, para além de dor, também impotência funcional nos doentes por ela afetados.

As causas mais comuns de doenças da infância que favorecem o aparecimento da artrose de quadril: Displasia do Desenvolvimento do Quadril e Legg-Calvé-Perthes.

Existem duas formas básicas de alterações relacionadas a artrose: a artrose primária (ou idiopática) e a artrose secundária. Esses dois tipos são determinados de acordo com os fatores responsáveis pela causa da doença.

A artrose primária ocorre em cerca de 48% dos casos e é aquela em que, geralmente, não se é possível definir uma causa para o aparecimento da patologia, pois a artrose idiopática é caracterizada pela multifatoriedade, ou seja, diversas variáveis conjuntas facilitam o desenvolvimento da doença. Dentre essas variáveis temos a predisposição genética, estilo de vida com intensa sobrecarga (atividades repetitivas de impacto nas articulações, a grande mobilidade da articulação do quadril e atividade física intensa), desequilíbrios musculares e o sedentarismo podem estar relacionados à artrose primária.

Já a artrose secundária é responsável por cerca de 52% dos casos de desgaste do quadril e o desenvolvimento da doença é definido por questões que influenciam diretamente na saúde da articulação, como por exemplo as má formações genéticas.

Nesse contexto, dentre as causas mais comuns estão doenças da infância como a displasia do desenvolvimento do quadril (alteração da formação anatômica do acetábulo – cavidade na qual a cabeça do fêmur se encaixa e forma a articulação do quadril), síndrome de Legg-Calvé-Perthes ou doença de Perthes (degeneração da cabeça do fêmur por falta de irrigação sanguínea), epifisiólise (escorregamento da cabeça do fêmur), impacto femoroacetabular, processos inflamatórios ou infecciosos no quadril, distúrbios metabólicos e hormonais e também a obesidade.

Em particular, os distúrbios metabólicos e hormonais apresentam relação importante com o aparecimento de artrose, sobretudo nas mulheres. Isso ocorre normalmente pela mudança na produção e concentração de hormônios, como o estrogênio que influencia diretamente no metabolismo ósseo, após a menopausa.



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