A dor na coluna cervical, também conhecida cientificamente como cervicalgia, é um problema relativamente comum e recorrente, que pode surgir em qualquer idade, mas que é mais frequente durante a idade adulta e na terceira idade.

A coluna cervical abriga a porção superior do sistema nervoso central e dos nervos periféricos que transmitem as mensagens do cérebro para as demais estruturas, incluindo os membros superiores, como nuca e pescoço. Quando não regride o problema pode apresentar sintomas mais graves como dor de cabeça, náuseas ou tonturas. Situações de complicação da cervicalgia podem envolver compressão nervosa e causar febre, tontura, formigamento, calafrios, tremores, dormência, perda de força nos ombros, dedos ou dor cervical irradiando para o braço nos casos de cervicobraquialgia. Quando a dor é lancinante ou irradiada, prejudicando a mobilidade pode indicar um caso de artrose na cervical, artrite, hérnia de disco, bico de papagaio ou espondilose na cervical, quando há estreitamento do canal cervical e compressão nervosa.

O desgaste articular é a principal causa da dor cervical em pessoas com mais idade e, normalmente está associado a uma doença crônica como artrose cervical, por exemplo, que causa inflamação entre as vértebras, gerando a dor.

No caso de ser artrose, além da dor podem também surgir outros sintomas como dificuldade para movimentar o pescoço, dor de cabeça e produção de pequenos estalidos.

Normalmente é necessário fazer fisioterapia para aliviar o desconforto provocado pela artrose, no entanto, o medico também pode indicar o uso de alguns remédios para diminuir a inflamação e aliviar a dor.

O tratamento da artrose cervical é feito por meio de exercícios físicos e sessões de fisioterapia.

A melhor forma de aliviar as dores do paciente e diminuir a aceleração da doença é a estimulação da articulação  com técnicas de fortalecimento e movimentação. 

Algumas técnicas como reeducação postural podem ser utilizadas. Já a imobilização da articulação da articulação acometida piora o quadro. São utilizados também:

  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Na fase aguda é indicado o uso de órteses para imobilizar o local;
  • Reeducação postural;
  • Tratamento fisioterápico;
  • Em casos mais avançados a cirurgia pode ser indicada.

Sabemos que não existe tratamento nem atividade física que cure a artrose, mas algumas medidas paliativas podem ser tomadas. A prática de exercícios é capaz de conter o avanço e progressão da doença, ofertando melhor qualidade de vida ao paciente. Mas que tipo de atividade física fazer?

  • Natação: A natação é um aliado muito importante para conter o avanço de doenças degenerativas. A atividade associada às propriedades da água contribui para que a pessoa se exercite sem sofrer ainda mais impacto na articulação já afetada;
  • Orientação postural: A orientação a respeito da postura é muito importante para evitar que se passe muito tempo com a cabeça na mesma posição. Dessa forma, exercícios que explorem as diversas posições da cabeça, contribuem para amenizar os sintomas da artrose. Girar a cabeça de um lado para o alto devagar, por exemplo, ajuda a liberar tensões;
  • Exercícios aeróbicos: Exercícios de baixo impacto como a caminhada, são importantes por não agredirem as articulações. Além disso, no que diz respeito às pessoas acima do peso, pode ser interessante para a perda de gordura, logo para diminuir a sobrecarga articular;
  • Dança: A dança aumenta a flexibilidade, movimenta as articulações, aliviando dores e rigidez.
A fisioterapia tem papel muito importante na prevenção e reabilitação de doenças de caráter ósseo, muscular ou ligamentar. Ela pode agir tanto sem o uso de equipamentos, através de técnicas manuais, quanto explorando recursos como a eletroterapia.

Pompage cervical

A pompage faz parte dos recursos manuais e é bastante utilizada para provocar relaxamento. A pompage é realizada em três etapas. A primeira delas é a tração, feita de maneira suave e regular, a fim de não estirar os tecidos além de sua flexibilidade natural. A segunda etapa consiste em manter o tecido tensionado na coluna cervical por cerca de 30 segundos. Fazer isso é essencial para que haja o relaxamento muscular. Por fim, o terapeuta deve retornar o tecido à posição inicial de maneira lenta, para que não haja contração muscular. Essa etapa ajuda na melhora da circulação sanguínea e contribui para reduzir a tensão do tecido conjuntivo.

Crioterapia

É um método que consiste na aplicação de gelo para promover analgesia. A crioterapia age a partir da redução na velocidade do metabolismo celular. Quando se aplica frio em alguma região musculoesquelética do corpo, ele reage com vasoconstrição (desacelerando o metabolismo), diminui a dor e o quadro inflamatório. É uma técnica bastante versátil e que não possui praticamente nenhuma contraindicação.

Termoterapia

A termoterapia também é utilizada para analgesia. No entanto, o calor tem efeito de aceleração do metabolismo, aumenta a circulação sanguínea e pode não ter bons resultados na inflamação. A maior diferença entre a termoterapia e a crioterapia, é que recursos de calor devem ser evitados em quadros agudos, seu uso é ideal para estágios subagudos ou crônicos. No entanto, quando seu uso se faz necessário em lesão aguda, muitos cuidados relacionados à regulagem dos aparelhos devem ser tomados.

Eletroestimulação

A eletroestimulação é realizada, principalmente, através do aparelho TENS, que age a partir de um mecanismo de estimulação elétrica nervosa transcutânea. Ele funciona com um mecanismo de emissão de correntes pulsadas, que estimulam as fibras nervosas através de eletrodos fixados na região a ser tratada. O TENS é muito utilizado no processo de reabilitação para modelar a dor, tanto na fase aguda quanto na crônica.

Laser

No processo de reabilitação, o uso do laser é feito com baixas intensidades. O aparelho de laser na fisioterapia, geralmente possui forma de caneta e é um tratamento direcionado exatamente para a região afetada. O laser é muito útil por conter princípios terapêuticos anti-inflamatórios, analgésicos e combatem edemas. 




Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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