O tratamento da OA é individualizado, multidisciplinar e tem três objetivos básicos: aliviar os sintomas (dor e inflamação); bloquear a evolução de doença e regenerar os tecidos lesados; e recuperar a função. Medidas gerais e de educação e apoio são essenciais e visam esclarecer o paciente com relação à importância do controle de peso e adequação de atividades físicas ou esportivas, atividades profissionais e atividades do dia a dia. É necessário evitar posturas inadequadas, excesso de sobrecarga mecânica e situações desencadeantes de instabilidade e estresse articular. Desta forma, suporte fisioterápico enfatizando a cinesioterapia e a hidroterapia são de grande importância no tratamento global do indivíduo com OA; além disso, o uso de órteses, bengalas, andadores, muletas, palmilhas e calçados adequados podem ser fundamentais e aliviam a sobrecarga articular.

Os medicamentos indicados inicialmente são sintomáticos e de ação rápida como analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais. Drogas de ação lenta como cloroquina, diacereína (inibidor de IL-1) e condro-protetores (condroitina, hidroxiprolina, glicosaminoglicanos) visam inibir as metaloproteases e estimular a síntese de elementos da matriz cartilaginosa. Além disso, terapêutica visco-suplementadora (ácido hialurônico) tem ganhado destaque nos últimos anos com a utilização de substâncias intra-articulares que restauram a viscosidade articular natural melhorando consideravelmente o desempenho e função de grandes articulações como joelhos e ombros. Nos casos mais graves e avançados com deformidades articulares incapacitantes e dor persistente e refratária ao tratamento farmacológico, tratamento cirúrgico incluindo a artroplastia com utilização de próteses podem ser necessários.

Finalmente, é fundamental ressaltar que nos últimos anos, grandes avanços têm surgido no tratamento da OA e várias perspectivas e medidas experimentais têm sido investigadas como o uso de fatores de crescimento, enxerto de tecidos moles como periósteo e pericôndrio autólogos na cartilagem lesada e até mesmo transplantes de condrócitos e de cartilagem. No entanto, é importante enfatizar que já é possível na atualidade proporcionar ao paciente com OA melhora dos seus sintomas e conseqüentemente uma melhor qualidade de vida em sua casa e na sociedade em que vive, desde que as medidas terapêuticas e de apoio sejam acompanhadas e tratadas com disciplina e confiança e sempre sob orientação do médico especialista - o reumatologista, profissional amplamente qualificado para tratar tais pacientes.

Fonte

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