O quadril é uma articulação formada pela junção dos ossos da coxa (cabeça do fêmur) e da cavidade da bacia (acetábulo). Assim como nas outras juntas do nosso corpo, este encaixe acontece de maneira perfeita, milimétrica, o que permite uma movimentação correta e sem dor.

A artrose de quadril, também conhecida como coxartrose, osteoartrose de quadril ou artrose coxofemoral, nada mais é do que uma doença articular crônica, inflamatória e degenerativa, caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem articular (cartilagem hialina) e posterior exposição e lesão do osso subcondral (osso localizado abaixo da cartilagem) da articulação do quadril.

Existem duas formas básicas da cartilagem do quadril ser lesionada e a artrose acontecer: a artrose primária e a artrose secundária.

Artrose primária

A artrose primária, também conhecida como idiopática, acontece, na maioria das vezes, em pacientes idosos, preferencialmente em mulheres, por causa do desgaste da cartilagem sem nenhuma causa específica. 

São os casos que apesar de uma investigação detalhada, não se chega a uma conclusão do que gerou a perda de cartilagem. Este tipo de artrose está associado a histórico de pessoas da mesma família e antecedentes genéticos.

Coxartrose secundária

Já a coxartrose secundária acontece tanto em idosos como em jovens. É o resultado final de uma doença no quadril. Ou seja, o indivíduo deve obrigatoriamente ter alguma alteração prévia que desencadeia o surgimento do desgaste.

Abaixo estão as principais causas de alteração articular que levam à coxartrose secundária:

  • Displasia do desenvolvimento do quadril: também conhecida como luxação congênita do quadril. Acontece no nascimento de crianças com diminuição da profundidade da cavidade da bacia que pode até deslocar a articulação do lugar.
  • Doença de Legg-Calvé-Perthes ou necrose da cabeça femoral em crianças: ocorre falta de suprimento de sangue com achatamento da cabeça do fêmur e alteração do formato correto da articulação.
  • Sequela de fratura: a articulação é um encaixe justo e perfeito, qualquer fratura que ocorra nela pode gerar alteração no movimento com sobrecarga e perda de cartilagem.
  • Reumatismo: algumas inflamações ligadas a reumatismos podem destruir a cartilagem.
  • Necrose da cabeça do fêmur: em adultos, algumas condições levam a uma perda de fluxo de sangue para a cabeça femoral gerando achatamento e alteração de formato da articulação.

A cartilagem se desgasta e à medida que isso acontece os ossos começam a se atritar uns nos outros, o que causa dor durante o movimento. Com a aceleração desse processo, além da dor constante, a pessoa tem dificuldade de cruzar as pernas, de colocar meias e sapatos, lavar o pé, caminhar, dormir à noite, não consegue ficar em pé por longos períodos e tem uma marcha prejudicada.

Como a artrose é uma doença de progressão gradual, os sinais e sintomas do acometimento da articulação do quadril também seguem uma sequencia progressiva de leves a extremamente limitantes.

Os primeiros sinais da artrose de quadril são: rigidez articular, sobretudo pela manhã; dor periarticular como a nádega, virilha e lateral da coxa. Uma das principais queixas estão relacionadas a limitação das atividades diárias como: entrar e sair do carro ou calcar os sapatos.


Com a evolução da artrose o desconforto se torna permanente e a limitação mais intensa, surgindo a claudicação (ato de mancar). O paciente se torna cada vez menos ativo, contribuindo para o agravamento do quadro, pois geram enfraquecimento dos músculos da coxa e nádega, que são importantes protetores da articulação do quadril.

É muito importante que o tratamento comece cedo, pois assim será mais fácil devolver a qualidade de vida perdida. Ao menor sinal de dor, é preciso procurar um médico especialista


Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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