A artrose no polegar, também conhecida como rizartrose, é um problema mais comum do que muita gente imagina.
Até pouco tempo atrás, a doença era associada ao envelhecimento. No entanto, a mudança de hábitos, especialmente o uso frequente de equipamentos eletrônicos, como teclados, tablets e smartphones, tem aumentado o número de casos entre os mais jovens.
A causa da rizartrose é multifatorial, ou seja, surge devido a uma combinação de fatores, entre eles:
- Intrínsecos, como a herança e predisposição genética, a exemplo de alterações nos ligamentos que geram hipermobilidade, condição mais frequente entre as mulheres;
- Extrínsecos, como o excesso de uso dos polegares em atividades do dia a dia, por exemplo a digitação;
- Pós-traumáticos, como no caso de fraturas que danificam a superfície articular do polegar e lesões nos ligamentos.
Ademais, outro fator recentemente associado à artrose é a obesidade. O aumento da massa corporal e acúmulo de gordura visceral nos tecidos mais profundos do abdômen produz substâncias inflamatórias prejudiciais a todo o organismo, as quais também elevam os riscos de desgastes nas cartilagens dos dedos.
A rizartrose é uma doença multifatorial, com causas genéticas e ambientais e, portanto, pode ser evitada. Para isso, evite utilizar equipamentos eletrônicos em excesso e proteja os seus polegares de fraturas e outras lesões. Além disso, perder peso é uma boa medida para evitar que a doença se desenvolva.
Um bom médico é capaz de reconhecer casos de rizartrose já na correlação do histórico médico, testes clínicos e relatos de sintomatologia do paciente. Algumas manobras que necessitam do uso da articulação podem ajudar o especialista a realizar o diagnóstico, além da palpação do local.
A rizartrose é classificada em quatro níveis e a opção de tratamento vai depender do grau de avanço da condição e das necessidades do paciente. Como dito, algumas pessoas podem ter rizartrose a vida toda, mas apresentar pouco ou nenhum sintoma e não requerem tratamento.
Quando se falar em tratar a rizartrose, o importante é diminuir a dor do paciente e fazer com que ele possa realizar as atividades do dia a dia da maneira mais eficaz e confortável possível.
Os casos iniciais costumam ser tratados de maneira conservadora, sem cirurgia. Nessas situações, o médico pode receitar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos para a dor. A fisioterapia ou terapia ocupacional pode ajudar a encontrar novas maneiras de realizar as mesmas atividades, além de fortalecer as outras articulações da mão – uma vez que a cartilagem não se regenera. Dependendo do caso, pode haver indicação do uso de órtese para manter a articulação protegida, evitando danos mais extensos.
Os pacientes que não tiveram sucesso com o tratamento convencional e/ou perderam parcial ou completamente a mobilidade podem receber indicação para a cirurgia. Existem alguns métodos que podem ser usados para reparar a rizartrose, e a escolha do melhor será realizada pelo ortopedista especialista em mão junto com o paciente, avaliando sempre o avanço da condição e os riscos.
Espero que tenha gostado da nossa abordagem.
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